Jenna Coleman fala sobre a complexa narrativa de The Cry
24.10.2018
postado por JCBR
Aconteceu na última semana o MIPCOM 2018, o maior mercado de entretenimento do mundo, dando início no dia 15 de outubro e encerrando no dia 18, em Cannes, França.

Jenna esteve no evento ao lado de Claire Mundell, diretora e fundadora da Synchronicity Films, para ajudar a empresa DRG nas vendas de The Cry.

Além da AMC Networks ter adquirido a minissérie para a sua plataforma de streaming, Sundance Now, para exibir nos Estados Unido e Canadá, a DRG anunciou durante o MIPCOM que o thriller psicológico também foi vendido para a M6 na França, TV2 na Noruega, C More (TV4) na Suécia, Canal Plus na Polônia, TVNZ na Nova Zelândia, BBC Worldwide para os seus canais no Benelux, Oriente Médio e África e para o NPO na Holanda.

Durante o evento, Coleman concedeu entrevista à Deadline, compareceu na cerimônia de abertura e participou de um photocall para divulgar a minissérie.

Sem mais delongas, confira a entrevista e fotos da atriz durante o MIPCOM.

Jenna Coleman abriu a tampa sobre a “narrativa complexa” do thriller psicológico da BBC, The Cry. A antiga estrela de Doctor Who também revelou, em uma entrevista à Deadline, que ela está ansiosa para não usar um “sutiã de maternidade” em seu próximo papel, enquanto se prepara para estrelar junto a Sally Field uma versão teatral de All My Sons, de Arthur Miller.

Em The Cry, que acabou de estrear seu último episódio na BBC One, sendo o segundo drama mais assistido pelo público britânico esse ano, Coleman faz Joanna, uma mãe que se depara com o olhar do escrutínio público após um trauma pessoal envolvendo seu filho.

A série de quatro episódios, produzida pela Synchronicity Films, é contada de uma forma não linear, pulando dela e de seu marido Alistair, interpretado pela estrela Ewen Leslie de Top of the Lake: China Girl, na Austrália, para flashbacks de seu romance inicial.

Ela disse à Deadline, “Para todos na produção, desde as roupas à continuidade, é a narrativa mais complexa porque você sempre tem que manter a versão linear na sua cabeça juntamente com o não linear e os aspectos do thriller psicológico. Então, você tem que interpretar a verdade do que você sabe de acordo com a história mas como e o quê você revela e como você interpreta a verdade daquela emoção tem que ser percebida em inúmeras eventualidades da história e nós não filmamos em ordem tampouco.”

A história é baseada no livro de Helen FitzGerald. “O final está na página um do livro, então nós estamos dizendo às pessoas para comprarem o livro e o lerem depois,” ela complementou.

A fundadora e Diretora Criativa da Synchronicity Films, Claire Mundell, que produziu o especial, disse que a série foi desenvolvida em quatro anos com a adaptação de Jacquelin Perske. “Nós pegamos a essência do livro e do final e tem algumas surpresas lá. Nós passamos um bom tempo falando sobre o que é a ordem da história porque nós precisamos levar a audiência em uma jornada; nós precisamos nos familiarizarmos a esses personagens, entendê-los e descobrir como eles se encontraram, mas então, é um thriller que se trata do que você revela e quando,” ela acrescentou.

A estrela de Victoria disse que inicialmente leu o script em um avião, algo que encaixou com uma das principais cenas iniciais que se passam também em um avião, e ela foi atraída pelos personagens complicados. “Muita coisa do episódio é sobre ser uma nova mãe de uma forma tão indelicada e honesta, mas então a história atrai um diferente elemento psicológico. Eu sinto que cada episódio tem sua própria essência; a desintegração do psicológico de Joanna e depois estar nas lentes das câmeras da mídia. É algo muito denso. Até mesmo com a depressão pós-parto do início, nós então entramos em um estresse traumático e a medida que ele se desfaz, mais você entende, mas para ter alguém na beira de tal emoção e circunstância inimaginável e que tem que inibir todo o sentimento, toda cena se parece como um ponto de quebra.”

Coleman, representada pela UTA e Troika, admitiu que inicialmente se sentiu como se não fosse a escolha certa para o papel, uma vez que ela não tem filhos. “Fundamentalmente, tudo para Joanna é a conexão entre ela e seu bebê, mesmo após o desaparecimento da criança, tudo é sobre o cordão umbilical e a pressão que eu coloquei em mim mesma para acessar esse tipo de verdade e isso não é algo [que eu tenha].”

A série vai lançar no Sundance Now nos Estados Unidos esse ano. “Nós estamos muito animados para o lançamento nos EUA e eu acredito que o Sundance é o lugar certo, particularmente pelo jeito que a série é dirigida por Glendyn Ivin, que é um diretor de filme, e tem uma sensibilidade fílmica e o canal aparenta a casa perfeita.”

A seguir, para Coleman, é a adaptação de All My Sons, de Arthur Miller, junto a Sally Field, Bill Pullman e Colin Morgan em abril. A adaptação está sendo dirigida por Jeremy Herrin. “Estou animada; está longe o suficiente ainda para não se sentir o medo. Faz um tempo que estou procurando pelo papel [de palco] certo e é algo tão teatral. É atuar com aparência. É algo apresentado com tanto fervor e isso é bem interessante de se explorar.”

Coleman, que tem regularmente se fazendo de grávida no drama de período da ITV, Victoria, confessou que está animada para não fazer o papel de mãe em seu próximo trabalho da telinha. “Adoraria não usar um sutiã de maternidade no meu próximo papel. Eu não tenho mais nenhum barulho de parto sobrando.” Ela disse. “Depois de Doctor Who, a ideia de fazer algo sci-fi [não era interessante] e eu quis fazer The Cry depois de Victoria porque era tão diferente. Acho que quando os scripts vêm e onde eles alcançam na sua vida e no que você tem feito. É um tempo incrivelmente rico na TV então tente esperar por esses ótimos papéis.”

Tradução e adaptação: Bea @dutiesofcare