Arquivo de 'The Cry'



Jenna Coleman participa do Five Minutes Filosopher do site Stylist
25.04.2019
postado por JCBR
Ontem, 24, foi divulgada a participação de Jenna Coleman no tópico Five Minutes Filosopher do site Stylist para qual a atriz respondeu sobre algumas questões existenciais.

Confira a tradução:

Qual o significado da vida?
Estar vivo.

Qual a diferença entre estar certo e errado?
A diferença é a sensação que vem de dentro.

Onde está o seu lugar de felicidade?
Amanhecer. O nascer do sol. O mundo acordando. Café na cama. Esse é o maior luxo.

Personalidade ou educação?
Ambos.

É mais importante ser amada ou respeitada?
Amada. Mas eu espero que qualquer pessoa que me ame também me respeite.

Se você pudesse ser lembrada por uma coisa, o que seria?
Não sei. Provavelmente não fiz isso ainda então os outros podem decidir.

Quem ou o que é seu maior amor?
Minha família, meus amigos e histórias.

Quando você mentiu pela última vez?
Para um taxista quando ele perguntou qual era o meu trabalho enquanto eu escrevia isso.

O sobrenatural existe?
Eles simplesmente fotografaram um buraco negro [em uma galáxia a 55 milhões de anos-luz de distância]. Então quem sabe? Eu certamente estou aberta a isso.

Você é uma pessoa que espera as coisas acontecerem?
Acho que sim, mas também acredito em fazer mudanças ativas. Posso ficar aguardando e ser ativa?

Qual é o seu maior medo?
Eu tenho medo do medo que te prende em vez de te permitir. Nós gastamos muita energia tendo medo. E também não gosto de montanhas-russas.

Animais ou bebês?
Filhotinhos de animais.

Que talento você deseja?
A habilidade de puxar meus Rs e de tocar algum instrumento musical.

Você gosta de ser elogiada?
Sim, desde que não seja um elogio da boca pra fora.

Você tem um limite alto pra dor?
Acho que sim.

Qual é o livro que você mais recomenda?
Eu adorava The Goldfinch (de Donna Tartt) e A Little Life de Hanya Yanagihara e também The Catcher In The Rye, de JD Salinger. E acabei de terminar Tara Westover’s Educated [um livro sobre o amadurecimento de uma jovem nascida em uma rígida família mórmon que estuda uma maneira de sair dela] que eu super recomendaria a qualquer um.

Qual lição foi mais difícil de aprender?
Que o amor não é suficiente. Embora eu ainda não tenha certeza, eu reconheço isso.

Que comida resume a felicidade?
Qualquer comida em uma tigela. Estranhamente eu amo comer em uma tigela.

O que você nunca entendeu?
Feriados na barca.

Qual é a única coisa que você quer saber antes de morrer?
Como as pirâmides foram parar lá?

Você tem medo de morrer ou do que acontece quando você morre?
Nah. É um desperdício de energia. Curiosa, sim. A menos que eu esteja em uma montanha-russa pra ter medo de morrer.

Quinoa ou Quavers?
Desculpa pessoal, mas quinoa. Em uma tigela.

Em entrevista ao The Sunday Times, Jenna Coleman conta detalhes de suas férias no México
21.04.2019
postado por JCBR
Em janeiro, após chegar de Marrocos e ir direto divulgar The Cry e a terceira temporada de Victoria em Nova Iorque, Jenna Coleman aproveitou mais alguns dias na América para tirar uma folga no México.

A atriz ficou hospedada no hotel mexicano Esencia, em Tulum, antes de começar a se preparar para o papel de Ann Deever em All My Sons, e contou alguns detalhes desta viagem em entrevista ao The Sunday Times. Confira a tradução abaixo:

A última vez que estive no México foi com a turnê de Doctor Who com Peter Capaldi e sua família. Foi o aniversário de 50 anos do meu pai, então meus pais também vieram, e todos comemoramos em um restaurante no estilo Alice no País das Maravilhas na Cidade do México.

A Riviera Maya do México era algo mais sutil. Eu queria um lugar para relaxar com alguém próximo depois de fazer a press em Nova Iorque para o thriller da BBC, The Cry. O Hotel Esencia foi recomendado porque [de Nova Iorque] é um voo de mais ou menos 4h para Cancun, que fica a cerca de 50 minutos de carro do hotel.

Talvez seja a paleta vibrante e a abundância de verde. Talvez seja a atitude descontraída das pessoas, mas, para alguém acostumado a viver em uma cidade que pega o metrô todos os dias, o México exige uma mudança de ritmo. Fazendo dois trabalhos diretos — Victoria e The Cry — consecutivamente, era exatamente o que eu precisava.

O hotel, que fica no meio da floresta e tem uma praia privada, era originalmente a vila de Rosa d´Ferrari, uma duquesa italiana, que aparentemente ainda celebra seu aniversário aqui todo verão, e se sente segura. Eu particularmente gostei de todos os belos livros de mesa de café no quarto e fiquei feliz de me aconchegar e ler aqueles enquanto ouvia a chuva lá fora (nós não tivemos muita sorte com o clima). Kevin Wendle, proprietário do hotel, é fã de design de móveis, bem como livros sobre arte, e alguns de sua coleção estão aqui, o que aumenta a sensação de simplicidade. Eu também tenho uma grande paixão por interiores — tenho reformado uma casa — então as feiras são minha ideia do paraíso. No ano passado, peguei o trem até L’Isle-sur-la-Sorgue, em Provence, onde há um maravilhoso mercado ao ar livre de fim de semana. Eu me tornei como David Dickinson na minha velhice. Comprei um tapete em uma pista de skate, cadeiras de couro vintage e lustre.

Tivemos um dia gloriosamente ensolarado em Esencia, que passei lendo na praia, onde não há nada para a esquerda ou direita, só areia e mar. Parecia isolado — você não está realmente ciente que outras pessoas estão por lá. Eu sou reconhecida, mas não há nada de mais. Às vezes acontece em circunstâncias incomuns. Certa vez, eu estava jantando em um restaurante e havia alguém vestida como Clara Oswald, minha personagem em Doctor Who.

Quando chovia, fechávamos a porta do nosso quarto e ouvíamos o mundo lá fora. Nossa sala de selva tinha grandes janelas que se abrem para uma varanda com vista para palmeiras. Estávamos cercados por vegetação, pássaros e muitas iguanas. Eu tirei uma foto delas alinhadas e olhando na mesma direção, que nós legendamos “as iguanas Gogglebox”. O clima também me deu uma desculpa para aproveitar o spa, que usa ingredientes naturais inspirados nos maias, como mel orgânico cru, flores de hibisco e grãos de café. Foi rejuvenescedor, assim como as aulas de ioga durante o nascer do sol.

Cada dia, doces e café foram entregues à nossa porta, à esquerda em uma caixa ao lado — um toque agradável. A comida era fresca e saborosa, com ênfase em frutos do mar. Eu sou intolerante ao glúten e laticínios, então viajar pode ser complicado. Mas os chefs foram brilhantes e compreenderam as minhas necessidades. O restaurante mexicano à beira-mar do hotel, o Mistura, serve ceviche, saladas e, claro, guacamole. Há um novo Beefbar distante, também conhecido por seus sliders [receita de burguer americana], então você não precisa ser virtuoso. O hotel também serve cerveja Victoria, que é grande no México.

Depois de alguns dias revigorantes, fomos para o sul da costa até a mais animada Tulum. Foi frenético, como nós ficamos em alguns lugares diferentes por lá.

Isso foi divertido, mas nós gostamos muito de Esencia, estamos planejando voltar para o Ano Novo.

Quando Victoria visitou Osborne…

Uma das minhas viagens mais memoráveis foi a casa de férias da rainha Victoria e do príncipe Albert, Osborne, na Ilha de Wight. Nós ficamos em Sovereign’s Gate, a convertida casa de hóspedes, e recebemos um tour privado. Albert projetou a casa e reflete seu amor pela Itália. Eles foram a única família a viver lá, então foi incrível ir e ter uma noção do seu gosto e personalidade. Suas mesas ainda estão unidas e seus assentos de piano estão lado a lado — eles tocaram duetos juntos. Quando me ofereceram a primeira temporada, achei a Victoria difícil de entender. Eu não achei que gostasse dela. Ela era difícil, teimosa e inconsistente. Mas, agora, essas são as coisas que eu mais gosto nela.

Abaixo, algumas fotos da viagem ao México que Jenna compartilhou em sua conta no Instagram:

Jenna Coleman é destaque da recente edição da revista Stella
07.04.2019
postado por JCBR
Jenna Coleman estampa a nova edição da revista Stella que traz uma longa entrevista com a atriz que fala sobre Victoria, seu passado e seu recente projeto All My Sons.

A revista também conta com uma sessão de fotos realizada pelo fotógrafo Simon Emmett, e pode ser conferida clicando nas miniaturas logo abaixo:

Leia a tradução da entrevista:

Não é de surpreender – após interpretá-la passando por sete filhos, três primeiros ministros, uma guerra, uma fome, um surto de cólera, uma tentativa de assassinato e uma coroação – que ocasionalmente, enquanto Jenna Coleman, lida com a vida moderna, ela se pega pensando: O que a rainha Victoria faria?

“Eu realmente penso. Ela era muito interessada nos negócios de todos. Quando ela era jovem, ela mantinha um diário sabendo que seria lido, e alguns dos registros eram simplesmente: “Acordei às nove, jantar sozinha”, diz a mulher de 32 anos, escorregando do seu leve sotaque de Lancashire para os tons profundos e régios que ela adota quando interpreta a personagem-título de Victoria da ITV. “Mas ela contatou a polícia sobre Jack, o Estripador, perguntando se eles consideraram isso ou pensaram sobre isso. E ela escreveu para o Elephant Man [John Merrick] todo ano. Então, suponho que se ela estivesse por perto agora…

Ela postaria seu café da manhã em seu Instagram e ficaria no Twitter? #NãoEstamosAchandoGraça? “Sim! Eu me pergunto isso. Ela era uma senhora das cartas e acredito que ela nunca teve uma natureza particularmente reservada.”

Jenna e eu nos encontramos nos bastidores do Old Vic, no final de um longo dia de ensaios para All My Sons, o drama de Arthur Miller no qual ela logo aparecerá ao lado de Sally Field e Bill Pullman. As oito semanas seguidas faz com que ela trabalhe em Londres pelo período mais longo de sua carreira, então ela ficará parada por um tempo, indo de metrô e se mantendo saudável.

“Quando você faz o papel de rainha Victoria, não é preciso manter-se em forma… E se exercitar com essas horas [normalmente 14 horas por dia] é impossível de qualquer maneira. Eu dancei durante a maior parte da minha formação, então eu mantenho a ioga e o barre, e mantenho meu sistema imunológico saudável”, diz ela. Eu noto o suco verde que ela está tomando. “Eu tive febre glandular enquanto filmava a primeira temporada de Victoria, então eu tenho me educado sobre o que coloco no meu corpo.”

All My Sons é uma peça que ela está muito animada – a primeira desde os 18 anos em Edinburgh Fringe – mas ela pode ser perdoada por ter a rainha Victoria em mente. Afinal, ela vai para casa todas as noites para o príncipe Albert: Jenna está em um relacionamento com Tom Hughes, o ator que interpreta o consorte alemão de Victoria, desde 2016.

Eles se tornaram amigos quatro anos antes, quando filmaram o drama da BBC, Dancing on the Edge. Na época, ela estava namorando Richard Madden, que cativou os telespectadores no sucesso televisivo do ano passado, enquanto Tom estava com a atriz do W1A, Ophelia Lovibond. Depois de se encontrarem novamente quando foram escalados como protagonistas de Victoria, Jenna e Tom dividiram uma casa no norte de Londres desde o outono de 2017, e passaram boa parte do ano passado fazendo isso.

“É meio que diferente”, ela diz sobre a casa. “Sou grande fã de um padrão, veludos e texturas, muitos tecidos vintage… Está quase pronto, meu pai veio e ajudou.”

Então, ela já vai para casa a caráter? “Não, eu definitivamente não vou para casa e faço a rainha Victoria, quero deixar isso claro”, ela diz, rindo. “Mas realmente gosto da companhia dela, se isso faz sentido. Há uma adorável familiaridade e conhecê-los como um casal tem sido uma verdadeira alegria.”

Tom, que nasceu 10 dias antes de Jenna e foi criado em Cheshire, o condado vizinho ao dela, pode ser mais difícil de se conviver se ele permanecer no personagem como o príncipe Albert. Tem o sotaque alemão, por um lado. Ele não mantém isso enquanto trabalha em volta da casa, não é? “Não”, ela diz, aparentemente horrorizada. “Não não.”

Empoleirada em um sofá, Jenna insiste que está “um pouco atordoada” por estar em uma sala de ensaios o dia todo, mas não parece. Seus olhos de cor de noz estão alertas e bem abertos, e até mesmo suas roupas de ensaio estão na moda: um top preto, óculos de aro quadrado pendurados no pescoço, um casaco cinza Blazé Milano, calças de listras largas e coturnos Nanette. Ela também pede desculpas por ser ruim em entrevistas, mas depois se mostra brilhante, engraçada e pensativa.

All My Sons vê Jenna não só voltar ao palco depois de várias longas séries de TV – entre elas quatro anos em Emmerdale, cinco como companion em Doctor Who, três e contando com Victoria, e no ano passado o drama da BBC, The Cry – mas também dar um passo para o lado, aparecendo em um papel de apoio total. Ela diz que é “como aprender a andar de novo”.

A peça se passa nos subúrbios de Ohio em 1947 e conta a história de um empresário de sucesso e sua esposa, que perderam um de seus dois filhos, Larry, na guerra. Quando a ex-noiva de Larry, Ann (interpretada por Jenna), aparece, as coisas ficam um pouco complicadas. “É muito tradicional, apenas zonear nesta casa e na devastação pós-guerra. É sobre sobrevivência, basicamente”, diz Jenna, alegremente.

Além de aperfeiçoar um sotaque de Ohio, ela mergulhou na música da época e pesquisou cartazes de propaganda destinados a mulheres. “Eles são sobre como as mulheres trabalharam na guerra, mas “agora seja uma boa esposa e faça um café para seu marido”. Eu não podia acreditar.” Trabalhar com a vencedora de dois Oscars, cujos filmes Jenna cresceu assistindo, provou ser ainda melhor do que ela esperava. “Deus, ela é fabulosa. Ela viveu essa vida, mas não tem ego na sala de ensaios”, diz Jenna.

Jenna nasceu e cresceu em Blackpool, um lugar que ela ama agora, mas “não podia esperar para sair” quando era adolescente. Seu avô de 80 anos tem administrado uma barraca no calçadão desde os 21 anos, e ela planeja escrever algo sobre ele – se ele permitir. Sua mãe, Karen, era uma mãe em tempo integral que passava as noites levando Jenna para dançar e ensaios de teatro. Seu pai, Keith, tem uma empresa que instala bares e restaurantes, e seu irmão mais velho, Ben, é gerente de uma obra.

Jenna começou a atuar aos 11 anos, interpretando Aurora, a dama de honra, no musical Summer Holiday, mas também se destacou academicamente. Aluna nota 10, ela era representante de escola da Arnold School – uma escola independente – mas recusou um lugar para estudar inglês em York e ganhou um papel em Emmerdale aos 18 anos. “Meus pais eram incrivelmente descontraídos. Eu estava constantemente ensaiando e eles não me diziam para sentar e fazer o meu dever de casa”, diz Jenna.

Sua personagem em Emmerdale teve alguns anos inebriantes: um romance gay (as pessoas gritavam “lésbica!” para Jenna na rua), tornando-se jornalista investigativa, depois espancando um policial até a morte com uma perna enquanto ele tentava estuprá-la, e despejando seu corpo em um lago. “Começando com essa série foi sufocante. Eu seria mais reconhecida por qualquer outra série que fiz, e lembro de ter pensado: não fiz nada. Eu não treinei, não fui para universidade, não fui para a escola de teatro. Eu estava tão desconfortável com isso”, diz ela.

Deixando Emmerdale depois de quatro anos, Jenna mudou-se para Londres brevemente, assumindo turnos de pub e iniciando um curso da Open University em inglês, antes de ir para a Califórnia, onde passou algumas semanas dirigindo e vendo o que vinha das audições. “Fiz o teste para partes ridículas como uma mãe de 45 anos de idade. Eu me preparava para as audições ouvindo fitas de sotaque no carro e tinha mudanças de roupas no porta-malas. Eu amei.”

Ela teve uma experiência ruim na Califórnia, quando foi convidada para uma audição de biquíni. “Ridículo, não é? Espero que isso não aconteça em 2019”, diz ela. Felizmente é o mais próximo que ela chegou do tipo de comportamento que o #MeToo e Time’s Up abordaram, bem diferente em “trabalhar com verdadeiros campeões em Doctor Who como Matt [Smith] e Peter [Capaldi]” assim como a escritora de Victoria, Daisy Goodwin.

“Essas campanhas, espero, erradicaram o medo de fazer um escândalo”, diz ela. Ela percebeu algumas mudanças na indústria, como trabalhar com mais produtoras e gosta da ideia de “coordenadores de intimidade” no set para cenas amorosas – embora “não precise de uma em Victoria”. Suponho que não seja exatamente atrevido, mas filmar com seu parceiro fora da tela deve ajudar.

A terceira temporada de Victoria cobre os anos de 1848 a 1851. A Europa está um caos, há crescente agitação na Grã-Bretanha, o povo está cansado de políticos, e a família real tem um recém-chegado do exterior que quer modernizar as coisas. Tempos verdadeiramente diferentes. A única constante: Victoria continua tendo filhos.

“Temos sete até o final desta temporada, então temos mais dois para vir [ela teve quatro meninos e cinco meninas entre 1840 e 1857], e eu acho que o alívio da dor não foi inventado até o oitavo”, diz Jenna. “Ela tinha apenas 1,52 de altura, então Deus sabe o que ela fez fisicamente.”

Jenna, de 1,57 de altura, descreve o set como “uma creche com câmeras”, já que as crianças mais novas são interpretadas por dois pares de gêmeos (para diminuir sua carga de trabalho), e suas mães fazem o mesmo como babá em Victoria. As filmagens começaram em Yorkshire em maio, um dia depois que ela terminou The Cry, no qual ela interpretou uma mulher cujo bebê foi sequestrado. Quando ela começou, ela disse que se sentia “completamente errada”, não tendo filhos, enviou emails a amigos com bebês para obter informações.

Nunca teve a mesma ansiedade em Victoria. “Eu amo interpretá-la grávida. Ela é mais volátil, e é tão irritada”, diz ela. Mas a barriga “muda a maneira como você anda. Ela faz você bambolear.” Parece que Jenna não está prestes a seguir os passos de Victoria: ela disse recentemente que quer “ver mais do mundo” antes de ter filhos.

Jenna educadamente se recusa a comentar sobre a atual família real, talvez desconfiada de manchetes antigas que a ligam ao príncipe Harry (eles eram apenas amigos, essa é a versão oficial), mas diz: “As pessoas não podem acreditar em como essas coisas são tão próximas que a história continua ecoando.”

Seus 20 anos foram “só trabalho”, com 10 meses em Doctor Who que Matt Smith – ainda um bom amigo, assim como sua namorada, Lily James – avisou que seria como “saltar em um trem de carga”. Ela não estava particularmente confiante na época, mas esperava que isso mudasse. “Eu cheguei aos 30 anos e estava tipo, OK, eu deveria saber o que estou fazendo agora, mas talvez isso não aconteça. É só agora que me sinto um pouco mais confortável em quem eu sou”, diz ela.

A fama nem sempre foi fácil, mas não a afastou das mídias sociais. Jenna publica desde os habituais lugares de celebridades, como desfiles de moda da Dior e praias glamourosas – o último feriado foi no México em janeiro. “É uma coisa estranha, estou no Instagram e no Twitter, mas eu meio que sinto falta dos velhos tempos de quando você ia ao teatro e não sabia nada sobre a pessoa que você está assistindo.”

Eu conto a ela sobre as contas de fãs dedicadas a ela. No Twitter, @bestofhughesman é dedicada ao “nosso casal da telinha on/off favorito”. Ela cora. ““Hughesman”… Interessante.”

Atualmente, ela está decidindo o que fazer com o resto do ano e pode ir a Los Angeles para “reuniões”. Ver Olivia Colman, que era atriz de televisão por 20 e 30 anos, ganhou o maior reconhecimento de Hollywood por interpretar uma rainha diferente, ainda mais rabugenta, foi inspiradora. “Eu realmente chorei. Em The Favorite ela tem tanta vida em seus olhos, e apenas em um nível humano, eu a achei muito comovente.”

Colman é um nome – junto com Helena Bonham Carter, Emily Watson e Imelda Staunton – que Jenna recentemente sugeriu como potencial substituta para ela em Victoria, caso a série se estenda para outro período da vida da rainha Victoria, como tem sido em The Crown.

“Eu amo The Crown. Acho que é muito inteligente como cada episódio é algo individual”, diz ela. “Estamos conversando sobre o que fazer [sobre Victoria]. A menos que eu fizesse uma temporada pelos próximos 65 anos da minha vida, nós quase temos todo o material. Acho que seria trabalho garantido.Talvez?”

Jenna Coleman estampa a capa da edição de abril da revista Harper’s Bazaar UK
04.03.2019
postado por JCBR
Ontem, 3, Jenna Coleman anunciou em sua conta do Instagram, que ela é a capa da edição de abril da revista Harper’s Bazaar UK. À noite, foi divulgado a entrevista e as fotos da sessão de fotos feitas no Kensington Palace.

A seguir, confira a tradução da entrevista, as capas disponibilizadas dessa edição, as fotos do photoshoot feitas pelo fotógrafo David Sjliper e o vídeo dos bastidores traduzido e legendado:

Ali parada nos aposentos da rainha Victoria no Kensington Palace, dois séculos depois que ela nasceu aqui, me sinto voltando no tempo. As janelas do chão ao teto ainda dão para os campos verdes e a água até onde a vista alcança; o papel de parede floral, embora não o original, foi escolhido pela rainha Mary para refleti-lo.

O mais estranho de tudo, neste mesmo edifício, um grupo de duques, duquesas e princesas, para não mencionar o príncipe William e sua jovem família, coexistem mais ou menos felizes no que certamente deve ser o bloco de apartamentos mais aristocrático do mundo. Uma mansão jacobina, originalmente estendida por Christopher Wren para William e Mary, está convenientemente localizada a poucos passos dos ônibus e butiques da Kensington High Street.

Essa foi, mais notoriamente, a casa de Diana, Princesa de Gales, tornando-se um local de peregrinação após seu acidente de carro fatal em 1997, com pessoas vindo de todo o mundo para adicionar suas homenagens ao mar de buquês empilhados diante de seus portões. (Posteriormente, seu apartamento foi despojado de seus móveis e deixado como uma concha por anos; não é de admirar que, quando o príncipe William decidiu fazer sua própria casa lá, ele escolheu os antigos apartamentos da princesa Margaret).

No momento, no entanto, minha atenção está voltada para a jovem que acaba de entrar na sala, escoltada por uma comitiva de guardas de segurança, cabeleireiros e damas de companhia. Ela é pequena como uma fada e delicadamente vestida com tecidos estampados compridos e diamantes cintilantes… Apenas o traço de Lancashire na voz baixa de Jenna Coleman dissipa a ilusão de que a monarca voltou pessoalmente para sua casa de infância.

São tempos difíceis para republicanos fervorosos, com The Crown e Victoria atraindo grandes audiências em todo o mundo. No caso de Victoria, o apelo da série se resume a uma combinação da representação sedutora de Coleman e o animado roteiro de Daisy Goodwin, que juntos reformularam de forma abrangente a imagem da rainha. Em vez de viúva severa e repressiva, cuja forma matrimonial é imortalizada em estátuas municipais em todo o seu antigo império, ficamos diante da presença de uma criatura jovem, bonita e deliciosamente impulsiva, cujas dificuldades de “ter tudo” – um trabalho que consome tudo, o tempo com sua família e um relacionamento significativo com um cônjuge cujo ego é ameaçado por seu status – parecem totalmente contemporâneos.

Essa interpretação atraente não é mera fantasia populista, embora com seus grandes olhos cor de avelã, sobrancelhas dramáticas e feições delicadas, Coleman seja muito mais bonita do que Victoria jamais fora. Ela é impressionantemente dedicada a retratar o papel da forma mais precisa possível, vai ao Kensington Palace “sempre que posso” e examina obsessivamente as biografias e os diários da rainha em busca de pistas sobre sua personalidade. Os desenhos da rainha Victoria são seus favoritos fonte de inspiração. “Você realmente sente que está vendo o mundo através de seus olhos. Todo o resto foi editado – até seus diários, que foram cortados por sua filha.”

Durante nossa sessão, Coleman pede para mostrar a rota exata que a princesa de 18 anos, vestindo seu roupão, saiu do quarto para a Galeria do Rei para ser formalmente notificada por Lord Conyngham e pelo arcebispo de Canterbury de sua ascensão ao trono. “Um dia, ela não é confiável para descer as escadas sozinha, no dia seguinte ela é a mulher mais poderosa do mundo”, ela se maravilha.

Sem dúvida, ajudou o realismo do desempenho da atriz de que ela é uma delicada de 1,57 de altura (embora ainda seja três centímetros mais alta do que Victoria) e, portanto, está acostumada a ser a adulta mais baixa da sala. “Daisy disse que foi por isso que eles me chamaram”, diz ela, rindo auto-depreciativamente. “Posso ter empatia com esse sentimento de ser mais difícil projetar poder. Para a primeira temporada, me colocaram vestidos e bonnets de cor creme – e eu odiava usar um bonnet! Eu me sentia muito jovem e menina. Então percebi que era exatamente assim que Victoria deve ter se sentido, cercada por homens de terno preto e tendo que liderar.

Então, qual é o segredo de projetar autoridade real? “O que eu aprendi sobre interpretar poder é que você não o faz”, ela diz, sabiamente. “Nós tivemos um assessor real por alguns dias, e ele não deu nenhuma anotação para mim. Ele apenas disse aos outros: ‘Você tem que imaginar que há uma aura em torno dessa pessoa.’ Suponho que essa é a única maneira de capturá-lo.”

Apesar de sua dedicação e todos os elogios da crítica, Coleman parece convencida de que Victoria não teria se divertido com sua interpretação. “Ela diria que tudo o que eu fiz estava errado, e eu receberia um papel cheio de anotações”, diz ela. A última vez que ela esteve no quarto de Victoria, filmando uma entrevista para a ITV News, ela menciona que “teve uma tontura engraçada” e acabou tendo que deitar com as pernas acima da cabeça para se recuperar, que ela brinca com o espírito desaprovador da rainha pedindo-lhe para ir embora.

A nova temporada começa em 1848, em uma época turbulenta para a Europa como a nossa. De fato, pode ser um consolo, como o tortuoso processo Brexit, se lembrar de uma época em que França, Alemanha, Áustria, Hungria, Itália, Dinamarca e Polônia foram abaladas por revoluções populares, e somente a Grã-Bretanha permaneceu relativamente estável. O medo, no entanto, era que o movimento Cartista da classe trabalhadora, que pedia reformas democráticas incluindo o sufrágio masculino universal (na época, apenas homens proprietários possuíam votos, e era 70 anos antes de qualquer mulher tivesse esse direito), provocaria violência política e revolta social semelhantes.

Nessa atmosfera febril, a chegada na Inglaterra do recém-deposto rei Luís Filipe da França, buscando refúgio no Buckingham Palace, foi vista como uma provocação perigosa pelos conselheiros de Victoria. “Eu li os diários dela a partir de sua perspectiva em vê-lo e pensando: “Uau, isso poderia ser eu.” Ela teve um pouco de crise de identidade”, diz Coleman. “Sua atitude sempre foi: esse é o meu caminho, essa é a minha vida, é nisso que nasci.” Aqui, em contraste, estava a prova de que o destino poderia ser derrubado.

Então, como agora, a popularidade da monarquia chegou ao auge e diminuiu, com um bebê real trazendo um impulso confiável para os índices de aprovação. Então, como agora também, houve escândalos sobre a invasão da imprensa à privacidade. No caso de Victoria, uma coleção de gravuras particulares, desenhadas por ela e pelo príncipe Albert mostrando a rainha no que ela temia ser um papel inadequadamente caseiro com seus filhos, foi adquirida por um repórter – outro episódio explorado na próxima temporada. “Ela estava mortificada e achava que isso prejudicaria a imagem que ela cultivava de uma pessoa a ser levada a sério”, diz Coleman.

Na verdade, o oposto era verdadeiro. Depois dos escândalos das épocas precedentes – o antecessor de Victoria, William IV, teve dez filhos ilegítimos com a atriz Dorothea Jordan –, foi visto como uma novidade ter um monarca que fosse um modelo exemplar de fidelidade excessiva. “A era vitoriana sendo puritana e recatada é a primeira coisa em que alguém pensa, mas na verdade era Albert. Ele veio de um lar desfeito, e era ele quem estava interessado na moral, e porque Victoria estava tão apaixonada por ele, ela estaria de acordo com ele – mas só até certo ponto”, diz Coleman, que descreve a rainha como “apaixonada e romântica”, e uma pessoa de mente aberta, surpreendentemente não-hierárquica.

“Ela sempre foi curiosa. Quando era mais nova, em uma de suas férias de verão, ela conheceu uma família de ciganos e os desenhou e ficou fascinada com a aparência deles e com a forma como era um grupo familiar; tinha sua amizade com Abdul Karim e com John Brown”, continua ela, referindo-se aos estreitos relacionamentos da rainha com dois de seus assistentes homens, que na época era algo escandaloso. “Ela não era esnobe; era muito humana e ansiava por qualquer coisa que realmente a tocasse.” A princesa do povo da sua época? “Eu acho que ela era, e muito a mãe da nação.”

Algumas semanas depois de nossa sessão, nos encontramos de novo, desta vez em um café da Sloane Square. Hoje, Coleman se parece com uma criatura totalmente diferente: cabelos desgrenhados e brilhantes, usando um conjunto de casaco de tweed Blazé Milano e um vestido da Simone Rocha. Ela acaba de descer de um vôo do México, onde vem fazendo uma pausa bem merecida, seguindo o cronograma intenso do ano passado, que envolveu as filmagens consecutivas de Victoria e o thriller tenso da BBC One, The Cry, no qual ela interpretou uma mãe lidando com o misterioso sequestro de seu bebê.

Constato que nunca vi Coleman com um bronzeado antes, já que uma pele de porcelana é naturalmente necessária para Victoria, e ela ostentava uma palidez cansada como Joanna, a protagonista deprimida de The Cry. “Eu me tornei mestre em trajes de banho com golas altas e mangas longas”, ela concorda. “Caso contrário, você tem que gastar meia hora extra na maquiagem sendo maquiada.” Claramente, há vantagens em livrar-se do espartilho, pelo menos temporariamente.

Abril vê Coleman transformar seus talentos em um papel muito diferente, enquanto ela sobe ao palco (apropriadamente, no Old Vic) para se apresentar ao lado de Sally Field e Bill Pullman no drama de Arthur Miller, All My Sons. Ela faz o papel coadjuvante de Ann Deever, uma jovem mulher escondendo uma verdade sombria sobre seu falecido noivo. “Eu peguei o papel por causa da nuance”, diz Coleman. “As coisas aparecem de uma certa maneira, mas por baixo, há política e dinâmica familiar e um jogo de provocação… Acho que é por isso que eu amo tanto drama de época – porque é sobre a humanidade versus convenções sociais, e abaixo da superfície existem todos esses segredos e mentiras”.

Será sua primeira vez no palco desde que apareceu no Edinburgh Fringe há 18 anos. “Estou com medo. Mas é o medo bom que você tem quando está animado com alguma coisa, e não tem certeza de que pode fazê-lo.” A inflexibilidade do horário noturno da apresentação não a assusta nem um pouco. “As pessoas continuam dizendo que é muito difícil, mas depois de fazer 14 horas por dia durante 10 meses diretos…”

Depois disso, Coleman planeja voar para Los Angeles na esperança de garantir novos papéis no cinema. “Eu adoraria fazer alguns trabalhos mais curtos e passar de uma época para outra.” Ela também gostaria de tentar escrever ou adaptar uma história mais pessoal, baseada em seu avô, que nasceu em Edimburgo, mas veio a Blackpool aos vinte anos para administrar uma barraca no calçadão – o que ele ainda faz até hoje.

A carreira de Coleman parece ter sido uma progressão contínua de sucessos, começando quando ela era uma adolescente com um papel de longa data na novela rústica Emmerdale, depois como companheira dos 11º e 12º Doutores da série Doctor Who, antes de embarcar em Victoria. E tirando que ela foi convidada para participar de uma audição em um biquíni – “então eu simplesmente não fui” – ela parece ter escapado da objetificação e depreciação destacadas pela campanha #MeToo. “Eu nunca tive essa experiência”, diz ela.

“Mas eu adoro o fato de que há esse sentimento de irmandade agora, e as pessoas estão falando, parece muito mais um fórum aberto. Daisy Goodwin em Victoria e Claire Mundell em The Cry têm sido incríveis, figuras de apoio em minha vida. E desde o seu primeiro dia [como o Doutor], Peter Capaldi me fez sentir completamente igual – ele é um homem tão incrível. Eu me senti tão incentivada por ele.”

Sua carga de trabalho deixaria Coleman com pouco tempo para conduzir uma vida pessoal, não fosse pelo fato de que, felizmente e por acaso, seu parceiro de longa data é o belo Tom Hughes, que interpreta o príncipe Albert, para que eles possam gastar muito tempo juntos no set.

Até agora, o relacionamento deles foi conduzido com uma positiva discrição vitoriana; eles nunca falam um sobre o outro, e quando pergunto a Coleman se ela está noiva, ela simplesmente acena seus dedos sem anel para mim em resposta. (Na semana seguinte, encontro os dois na abertura de gala da exposição Dior, e tenho a experiência um pouco surreal de falar com Victoria e Albert no [museu] Victoria and Albert. Não posso deixar de dizer que eles educadamente, mas com firmeza, recusam ser fotografados juntos… “Acho que foi muito sábio não falar sobre isso”, diz Coleman.)

Enquanto isso, ela se mudou para uma nova casa em Islington, e está se divertindo em fazer isso. “Eu sou muito caseira”, diz ela. “Eu gosto de estampa, texturas e veludos. Livros me fazem sentir aterrada. E simplesmente sair pela porta para tomar um café da manhã – o luxo do tempo livre.

“Adoro ter contato com a vida normal. Eu trabalhei nisso no ano passado, eu literalmente passei mais tempo nas roupas de outras pessoas do que nas minhas, mas você tem que cuidar da sua própria vida também, então você pode vir trabalhar e trazer algum senso de realidade para isso”.

Tendo usado várias barrigas de grávida falsa de tamanhos diferentes, gritou em várias cenas de trabalho de parto e interpretou devastadoramente a exaustão e solidão da nova maternidade nos últimos meses, ela está compreensivelmente sem pressa para experimentá-la fora da tela.

“Isso provavelmente abriu minha mente para as realidades”, diz ela. “Metade dos meus amigos tem bebês, e metade não tem, então não parece uma pressão. Quero ir com calma. Há muito mais do mundo para eu ver antes. Eu adoraria ter filhos um dia, mas não nove deles”, conclui ela, com um sorriso claramente não real. “Eu posso te dizer isso como um fato.”



Jenna Coleman faz paralelos entre The Cry e Victoria em entrevista ao WWD
12.01.2019
postado por JCBR
Ontem, 12, o site WWD liberou uma entrevista feita com Jenna Coleman e algumas fotos de um photoshoot realizado pela fotógrafa, Virginie Khateeb.

Na entrevista, a atriz fez um paralelo entre as séries em que ela é protagonista, The Cry e Victoria; falou um pouco sobre como é estar no elenco de All My Sons e mais.

Confira a entrevista traduzida e o photoshoot realizado:

Por volta dessa época no ano passado, a atriz britânica Jenna Coleman estava a bordo de um avião para a Austrália. “Com muito medo”, ela acrescenta.

Coleman estava a caminho para filmar a misteriosa minissérie da BBC, The Cry, que estreou no outono de 2018. “O que tem sido mais surpreendente é a especulação,” diz ela sobre a reação à série e o acompanhamento de uma investigação em torno de uma mãe e seu filho desaparecido. “A pior coisa do mundo seria um thriller psicológico realmente óbvio que não impede as pessoas de adivinharem; que não tem segredos.”

Coleman teve pouco tempo para recuperar o fôlego depois daquela viagem de avião — um dia depois de encerrar The Cry, ela estava de volta ao seu papel de rainha Victoria na terceira temporada de Victoria, que estreia em 13 de janeiro. Tem tido muitas filmagens, muita imprensa e, como diz Coleman, “tem sido um verdadeiro trem de carga de um ano”.

“Pra ser honesta, cada projeto que você começa a se sentir muito assustado, sempre parece espécie de uma montanha em termos de: como eu posso saber quem foi a verdadeira rainha Victoria? E como é que eu interpreto uma mãe enlutada a atravessar as circunstâncias mais inimagináveis de uma forma que possa ser usada em um thriller onde você tem que interpretar a verdade, mas nunca dar a verdade?”

A resposta para Coleman é muita pesquisa orientada através da intuição. No final da segunda temporada de Victoria, sua personagem já havia se tornado mãe de três filhos, com mais quatro “a caminho”.

“A sensação que deixamos com eles foi ‘nós não somos mais crianças, não é?'”, diz ela, descrevendo a dinâmica com seu marido na tela, príncipe Albert, interpretado por seu parceiro na vida real, Tom Hughes. “E então nós pegamos essa temporada e é como: pulos, tantos anos [passaram], eles têm sete filhos agora, eles estão casados há 10 anos. E então ela mesma é mais velha e olha para [a questão] como envelhecemos?”

Embora a morena de 32 anos não tenha uma experiência pessoal como mãe, Coleman ainda tinha um profundo leque de inclinações maternais para The Cry e a próxima temporada de Victoria, e de certa forma, suas personagens se beneficiaram de suas explorações sobre o outro.

“O que é realmente interessante é… realmente sentar e considerar práticas cotidianas do que significa ter um filho — do seu mundo inteiro mudando, eu posso sair pela porta e pegar um café, e a diferença é de, é claro que você pode fazer isso como mãe, mas de repente a independência muda”, diz Coleman, acrescentando que apesar do que diferencia as duas personagens — tempo, classe, país, idade — elas permanecem ligadas através dos aspectos universais da maternidade. “Estou bem convencida de que [Victoria] sofreu depressão pós-parto, como você pode ver no diário dela. Ela já era muito emocionalmente suscetível — ou humana, digamos — e há um ponto em seus diários quando ela para de escrever por meses após o nascimento de seu segundo filho, o que é totalmente incomum”, continua ela. “E quando ela volta, ela não consegue articular o que é que ela passou. E também conhecemos Joanna em The Cry e ela perdeu completamente sua identidade.”

Mas em um outro nível, as experiências de filmar as duas séries não poderiam ser mais diferentes. Enquanto The Cry era visceral e cru, com momentos de filmagem estilo guerrilha pegar-uma-câmera-e-mudar-o-curso, a produção para uma série de época como Victoria é literalmente mais formal, com longas redefinições entre tomadas, elabora design de produção, atores infantis e toda a etiqueta que a acompanha. Coleman achou a justaposição interessante e está mudando para o palco nesta primavera, quando ela começará a trabalhar em uma produção de Old Vic, All My Sons, de Arthur Miller, em Londres.

“Eu tenho procurado fazer [uma peça] por muito tempo, porque eu faço TV há muitos anos. Você está sempre na câmera e é sempre rápido. Você tem que trabalhar rapidamente; você pode pesquisar, pesquisar e pesquisar, mas no dia você está sempre sujeito ao cronograma ”, diz ela, expressando entusiasmo com a perspectiva de passar oito semanas se desenvolvendo e mergulhando na performance de duas horas. “Sally Field está interpretando Kate Keller e Bill Pullman está interpretando Joe, e o conjunto é tão maravilhoso. Estar em uma sala com essas pessoas e explorar, é realmente emocionante”.

Mas antes que ela entre naquela sala particular de 1.000 assentos, outra viagem de avião está reservada — desta vez para um tipo diferente de exploração.

“Estou entrando de férias; eu vou para Marrakesh e México e viajo um pouco, porque não houve muito disso recentemente”, diz ela. “Então, vou fazer um pouco disso e, em seguida, potencialmente algo diferente. E então o Old Vic começa em março.”

Assim como qualquer bom thriller psicológico, Coleman pode ter seus próprios segredos.